quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Carga Horária


No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT - determina uma carga horária diária de 08 horas, perfazendo um total de 44 horas por semana. No entanto, países industrializados como os Estados Unidos e outros existentes na Europa a carga horária é diversificada, em geral, inferior ao que determina a legislação brasileira. Evidente que essa diferença não ocorre em função do "paternalismo" dos países industrializados. Mas sim, porque já se percebeu que a redução da carga horária, não só proporciona uma maior produtividade por hora, assim como, diminui o número de acidentes e o absenteísmo. Para se ter uma idéia, a carga horária de 40 horas, ou menos, não só é comum nos Estados unidos, mas na maioria dos países europeus industrializados. Em 1995, na Alemanha, adotava-se uma carga horária semanal de 38 horas, logo em seguida, em 1997, a indústria eletrônica passou a exigir de seus trabalhadores 32 horas. Um outro fato muito interessante é a adoção da semana de cinco dias de trabalho e dois dias de descanso. Nesse caso, também se constatou a redução do absenteísmo. Mais recentemente, surgiu a discussão sobre a adoção da semana de quatro dias de trabalho, ou até mesmo três dias, comprimindo a carga horária semanal. Contudo, apesar de um maior período de descanso no final de semana, isso só será interessante, quando não houver um aumento considerável na carga horária diária.


Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)



Um comentário:

mezabarba disse...

É interessante como o no Brasil se explora as pessoas, nós gastamos mais horas em função do trabalho do que qualquer outra coisa, pois são nove horas (considerando uma hora de almoço) só na empresa, mais o deslocamento para a mesma, por dia, para muitos, em torno de 11 a 15 horas por dia dedicadas ao seu trabalho.
E quando chega a discussão no congresso para redução de 4 horas, há aquele "auê" por parte dos empresários (e da mídia que parece sempre estar ao lado deles) como se isto fosse causar a falência deles!